A ARQUITECTURA TEMPLÁRIA

Este tema remete-nos para a origem do Templo de Jerusalém que foi construído durante o reinado do Rei Salomão, num lugar indicado pelo Rei David, seu pai.
A estrutura central do templo era de 70 cúbitos[1] de extensão e 20 cúbitos de largura.
Numa área atrás do altar principal ficava a sala denominada “Sanctum Santorum”, que continha alguns elementos do Tabernáculo, entre eles a Arca da Aliança, que – segundo reza a tradição - foi perdida no segundo templo.
Na entrada, antes do portal, duas enormes pilastras, uma com a letra B e outra com a letra J, representavam as palavras Boaz & Jaquim. Na liturgia hebraica, simbolizam a dualidade do universo, onde uma coisa apenas existe em função de outra. Seria algo como: Noite e Dia, Homem e Mulher, Bem e Mal, Certo e Errado, etc…. Ao cruzar as portas, uma antecâmara denominada Lugar Sagrado, com 2 fileiras paralelas, com 5 candelabros cada.
Ao centro, um altar para o incenso. Atrás, uma porta feita de madeira de oliveira, e uma escada, que dava para uma sala especial, chamada "Sanctum Santorum". Nesta sala, repousava a Arca da Aliança. O tecto era abobadado, com a representação do céu estrelado, a lua e o Sol.
O templo estava voltado para o Oriente.
No local onde outrora se localizava o templo de Salomão, que lhes fora cedido pelo Rei Balduíno II, os Templários encontraram, entre outras coisas, algo muito valioso, isto é, uma arquitectura sagrada apoiada numa simbologia altamente esotérica, originária dos antigos mestres canteiros egípcios. Tratava-se de uma geometria sagrada repleta de simbolismo cabalístico, alquímico e litúrgico.
As grandes catedrais góticas foram construídas poucos anos após a fundação da Ordem do Templo, facto a que não é alheio o relacionamento familiar e espiritual entre Hugo de Payens e S. Bernardo de Claraval. Quando o indagavam sobre a natureza de Deus, S. Bernardo respondia: “É o comprimento, a largura, a altura e a profundidade”, resposta na linha da filosofia de Pitágoras, que dizia que “Deus geometriza”.
Eduardo Amarante






[1] Na Antiguidade utilizavam-se vários padrões, pelo que o cúbito ou côvado tanto media 49,5 cm na Suméria como 52,40 no Egipto. Todavia é definido como a distância do cotovelo à ponta do dedo médio.

O OCTÓGONO NA FILOSOFIA PITAGÓRICA E NOS TEMPLÁRIOS


Na escola pitagórica era interdito pronunciar o octógono. A razão principal devia-se ao facto de este ser a chave fundamental para compreender o Merkabah, designação do campo magnético do homem que traz a iluminação, ou seja, a solução para todos os problemas de que o ser humano padece. Por sua vez para a Ordem Templária, o número oito representava um símbolo sagrado, demonstrativo da sua devoção às oito beatitudes evangélicas. O número de oito beatitudes ou princípios significa a sabedoria infinita sob múltiplas formas. O octógono é uma figura geométrica correspondente a dois quadrados entrelaçados (4 + 4 = 8). A maior parte das principais igrejas construídas pelos templários (Laon, Metz, Tomar, etc.), foi estruturada segundo o plano octogonal. A importância do número oito para os templários é essencial como chave simbólica do equilíbrio e harmonia entre o quadrado da Terra e o círculo do Céu. A dupla espiral que bastas vezes vemos representada igualmente nos seus espaços simboliza o movimento perpétuo da vida e o infinito (representado na linguagem matemática do 8 na horizontal). Este simbolismo do equilíbrio central, que é também da justiça, encontra-se na ogdoada pitagórica e gnóstica (que simboliza os oito princípios egípcios e fenícios). Espacialmente, o número oito é sinal do equilíbrio cósmico e é também o símbolo da renovação, do renascimento ou da beatitude. Representa os quatro pontos cardeais (N. S. E. O.) e os seus intermédios (NE, NO, SE, SO). A representação do octógono está sempre presente na circunferência, na intersecção das diversas linhas que o atravessam, e é a imagem do Homem, o ser transformado que superou a sua dimensão humana e se uniu a Deus. 

in "Templários", vol. 4, Eduardo Amarante 

Imagem: Octógono à entrada da porta da Igreja Paroquial de S. Pedro, em Óbidos.

O AMOR AO DINHEIRO (e ao Poder) É A RAIZ DE TODOS OS MALES




(...) Hoje, passados quase dois séculos e meio, os peões estão posicionados para a concretização do Governo Global que irá trazer a paz, obtida à custa das nossas liberdades individuais. A paz global é necessária para os negócios progredirem e produzirem bons lucros. S. Paulo em I Timóteo 6:10 adverte-nos:
“O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.”
A Nova Ordem Mundial é um termo amplamente propalado pelos mass media que aqui utilizamos para nos referirmos à tomada de poder global que está a ser planeada por indivíduos extremamente poderosos e influentes, cuja meta é criar um governo totalitário mundial, acabando com as fronteiras nacionais e regionais, de modo a controlarem tudo e todos. A intenção é ter o controlo total e completo sobre todos os seres humanos e reduzir drasticamente a população mundial em dois terços, mediante guerras e pandemias.
Em 1992, o dr. John Coleman publicou o livro Conspirators Hierarchy: The Story of the Committee of 300, em que demonstra os planos da Nova Ordem Mundial para o domínio e o controlo a nível planetário. Diz ele:
“Um governo mundial e um sistema único monetário numa permanente hierarquia sem eleições, cujos membros se nomeiam entre si ao estilo do sistema feudal existente na Idade Média. Não existirá classe média; apenas governadores e escravos. Todas as leis serão uniformes segundo um sistema legal de tribunais internacionais que praticam o mesmo código legal unificado, tudo reforçado por uma força policial e militar para impor as leis nos países formados, onde não haverá fronteiras. O sistema basear-se-á num estado de bem-estar conformista, em que os que forem obedientes e subservientes ao governo serão recompensados com os meios para sobreviverem; os rebeldes irão simplesmente morrer à fome ou serão considerados fora-da-lei, sendo um alvo para quem os queira matar. Possuir armas de fogo será totalmente proibido entre a população civil.”
A maioria das pessoas reage com cepticismo e não acredita que possam existir planos tão diabólicos para o domínio do mundo. Acreditam que “o poder corrompe” e que a ambição de poder torna certos homens em monstros ferozes. Mas há limites… dirá o leitor menos avisado. Sim, dizemos nós, há limites impostos pelo dharma, ou lei universal; caso contrário, há muito que a espécie humana já teria descambado para um abismo sem fim…
in "Profecias", Eduardo Amarante


A MATA SAGRADA DOS SETE MONTES, EM TOMAR





Num documento do Arquivo Secreto do Vaticano, datado de 1439, há uma referencia à Mata dos Sete Montes, em Tomar, bem como à presença de “pastores” que viviam na obediência a um superior, chamada Severo, seu maioral. Estes “pastores” ou iniciados, sob a direcção espiritual do Mestre, passavam e dirigiam, por entre bosques e subterrâneos, as provas necessárias, de onde saíam os escolhidos para a realização de uma missão sagrada.
Eis a transcrição do citado documento, dado a conhecer por Paulo Peixoto em 'O Grifo Português':

“Apelidada como Olivais de Sete Montes e Sete Vales já em 1327, ou referida como Sete Vales e Sete Fontes (Septem Valles et Septem Fontes) num documento do Arquivo Secreto do Vaticano datado de 1439, foi este o local que ‘naquela parte da grande Lusitânia, que a natureza fez no sítio aos olhos mais oculta (...) perto donde o rio Nabão (...) numa abrigada ao pé dum alto monte (...) vive uma companhia de pastores que, juntos debaixo do governo de Severo seu maioral’ (...) e que “por justa ocasião chamarão os Sete Montes (...)’.”

in "Templários - de Milícia Cristã a Sociedade Secreta", VOLUME 4: Do Portugal Atávico ao Segredo do Quinto Império, Eduardo Amarante

O ENIGMÁTICO DEDO APONTANDO O “CANO”




Num dos claustros do Convento de Cristo em Tomar sobressai uma figura enigmática esculpida numa pequena pedra. Trata-se de uma mão com 5 dedos, em que o dedo médio se alonga desmesuradamente em relação aos demais, como que apontando uma direcção. Por baixo está escrita a palavra CANO. A versão tão oficial quanto redutora é a de que o dedo está a indicar uma canalização que se encontra sob o solo. Não pomos em dúvida que a canalização exista. Mas utilizar uma imagem tão simbólica (já encontrada, inclusive, em pinturas e esculturas rupestres) como indicação de uma funcionalidade tão banal quanto material leva-nos a perguntar o que é que REALMENTE a imagem esculpida naquele pedaço de pedra poderá significar.
De acordo com a quirologia, ciência que interpreta os sinais contidos em ambas as mãos, enquanto que a mão esquerda representa o nosso potencial, a mão direita representa o rumo que a nossa vida está a seguir.
O dedo médio refere-se às responsabilidades. Na figura em causa, o dedo médio alonga-se desmesuradamente, significando que o desafio a enfrentar deve ser realizado mediante o esforço próprio para alcançar a meta que se propõe.
A palavra CANO, para além do seu significado óbvio de conduta, aquilo que conduz, poderá ter relação com o português antigo CAN e com o latim CANIS (plural CANUM), ou seja, o CÃO, aquele que vê na noite, com uma função psicopômpica (conduzindo as almas das trevas para a luz), levando o candidato à iniciação a submeter-se a um conjunto de provas que o conduziriam da ignorância para a luz do conhecimento. Nessa sua função, o cão relaciona-se com a divindade egípcia Anubis e com o enigmático São Cristóvão com cabeça de cão ou de chacal que está pintado numa das paredes da Charola templária do Castelo/Convento de Cristo.
Para inúmeras civilizações e culturas arcaicas, a mão exprime a ideia de potência, sendo dadora de vida, representando o espírito vital procriador. No Egipto, a mão aberta simboliza a força magnética. Nos baixos-relevos da arte pré-colombiana, a mão aberta com os dedos esticados representa o deus do 5º dia, uma divindade ctónica, simbolizando assim a morte... e o renascimento.
in "Templários - de Milícia Cristã a Sociedade Secreta", VOLUME 4: Do Portugal Atávico ao Segredo do Quinto Império, Eduardo Amarante

A NOVA CLASSE DOMINANTE


Sempre houve analfabetos, porém a incultura e a ignorância eram tidas como uma vergonha. Ao contrário de agora, não era normal as pessoas nunca terem lido um livro na sua tramada vida. Hoje, a maioria está-se nas tintas para tudo o que seja cultural ou que exija uma inteligência minimamente superior à dos primatas.
Os analfabetos de hoje são os piores porque, na maioria dos casos, tiveram acesso à educação. Sabem ler e escrever, mas não praticam.
São cada vez mais e cada vez mais o mercado cuida e pensa neles. A televisão é feita cada vez mais à sua medida. As grelhas dos diferentes canais competem na oferta de programas pensados para gente que não lê, não entende, que passa ao lado da cultura, e que apenas quer divertir-se e que a distraiam, ainda que seja com os crimes mais horrendos ou com as fofoquices mais degradantes.
Amigos, o mundo inteiro está a ser construído à medida desta nova maioria. Tudo é superficial, frívolo, rasteiro, primário, para que esta gente o possa compreender e digerir.
Esta é, socialmente, a nova classe dominante, embora seja sempre a classe dominada, precisamente pelo seu analfabetismo e sua incultura. É ela que impõe a sua falta de gosto e suas mórbidas regras. E nós temos que suportar isto, nós que não nos conformamos com tão pouco, nós que aspiramos a um pouco mais de profundidade, um pouco mais, um pouco mais...
Autor desconhecido





A ALIANÇA ENTRE AS CASAS DE BORGONHA E DE AVIS


Foi dentro do espírito ecuménico – de que a Demanda do Preste João era a faceta visível – que Jorge, o embaixador do Négus da Abissínia esteve em Lisboa em 1451, a convite de D. Afonso V. Após permanecer um tempo na capital portuguesa, foi enviado pelo Rei de Portugal a Filipe o Bom, Duque da Borgonha, seu tio pelo casamento com D. Isabel de Avis (filha de D. João I e de D. Filipa de Lencastre).
Este matrimónio é de uma importância ímpar na história de Portugal, pois restabelece a aliança entre as Casas de Borgonha e de Avis, permitindo a prossecução dos fins para que Portugal foi pensado e criado, sob a inspiração de S. Bernardo de Claraval, um dos filhos da Borgonha.
Com um outro de seus filhos, D. Afonso Henriques, Portugal encetou o cumprimento da primeira das três missões a realizar. Com esta nova (ou renovada) aliança, Portugal abria as portas da Gália/Germânia, mediante as enfunadas velas da Cruz de Cristo, ao pleno desempenho da sua segunda missão e à tentativa da consumação do Quinto Império, ou terceira missão. “O homem põe e Deus dispõe”; entendeu a Providência que não era ainda chegada a hora, como veremos adiante, para que tal se concretizasse.
É no ano de 1467 que D. Isabel de Avis, Duquesa de Borgonha e de Brabante, perde o seu marido, Filipe o Bom, e em que o seu filho, Carlos o Temerário, se torna senhor do mais rico ducado da Europa. Este último, agora Duque de Borgonha e de Brabante, era primo direito de D. Afonso V e neto de D. João I.
Desde D. Isabel e seu filho Carlos o Temerário que correu sangue português na Casa de Borgonha, como in illo tempore, ou seja, nos tempos da fundação de Portugal, correra nos nossos primeiros reis e seus descendentes.
A aliança num mesmo destino
A Duquesa Isabel – última sobrevivente da Ínclita Geração – e seu filho Carlos o Temerário selaram a união no mesmo destino das Casas de Borgonha e de Avis, representadas como irmãs no famoso Políptico atribuído a Nuno Gonçalves.

in "Templários - de Milícia Cristã a Sociedade Secreta", VOLUME 4: de Milícia Cristã a Sociedade Secreta - Do Portugal Atávico ao Segredo do Quinto Império