A TÁVOLA REDONDA
O MITO DO QUINTO IMPÉRIO
NO IMAGINÁRIO PORTUGUÊS
"A característica insatisfação do Português resulta de ainda não ter cumprido em pleno algo a que está destinado, de ter deixado o trabalho inacabado. O desânimo não é mais do que o estado de alma que experimenta nos momentos de crise anímica profunda, pela ausência de ideais superiores, sentindo então um vazio de motivações, aliado a um descontentamento em relação a si próprio, por não se sentir capaz, no momento, de abraçar o destino para que foi forjado. Porém, o Português não pode, porque está estigmatizado, viver sem a presença, real ou imaginária, do Mito do Quinto Império, gravado a fogo nas Cinco Quinas da Bandeira Nacional.
Recordando nós que o mito é um relato que contém uma verdade, o Quinto Império é uma realidade a ser cumprida e essa é uma verdade que constitui algo de profundamente atávico no inconsciente colectivo do povo português. Isto quer dizer que o Português – aquele que ama e sente a sua pátria e se identifica com os seus antepassados históricos e míticos –, quer queira, quer não, tem o estigma do Quinto Império e no seu subconsciente sente-se directamente comprometido com a sua realização.
Essa tarefa, ou melhor, missão, já está em curso e a sua plasmação no plano físico far-se-á sentir num futuro não muito distante. É uma obra de tal envergadura que o seu processo já se iniciou nos planos subtis, aí onde se travam titânicas batalhas entre as forças da Luz e as forças das Trevas, entre as forças da evolução espiritual e as forças da estagnação materializante. E, na hora da sua consumação neste plano terrestre, será chamado a intervir o génio português com as suas qualidades ímpares e os seus defeitos sublimados e sacrificados no altar dos mais altos Valores."
Eduardo Amarante
"Saboreio cada momento.
Antigamente preocupava-me quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam e a minha consciência censurava-me. Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, havia sempre alguém que me difamava.Luiz Espinosa (Chamalú), índio quechua, escritor boliviano que procura restaurar os antigos conhecimentos esotéricos dos Incas.