A QUEDA DOS IMPÉRIOS


“Assistimos a uma época em que os impérios caem um por um. Desde o início do século XX caíram o austro-húngaro, o alemão, o francês, o britânico, o belga, o holandês, o português e o russo. Agora treme visivelmente o americano. É bem possível que neste 3° milénio assistamos ao desaparecimento dos impérios temporais ligados ao racionalismo e à matéria.

Será que António Vieira tinha razão quando escreveu a sua “História do Futuro”, prevendo a vinda do Quinto Império?

Será que Fernando Pessoa, o último rosa-cruz lusitano, nos quis deixar uma pista quando escreveu o horóscopo desta nação, prevendo a morte de Portugal para 1978 (data significativa para a tomada de decisão da integração de Portugal na Comunidade Europeia) e transmitiu esperança no Quinto Império?

Não há dúvida, os impérios temporais estão a desaparecer. Até as grandes hierarquias eclesiásticas se comportam como se tivessem os dias contados. Depois do Reino do Pai (Antigo Testamento) e do Reino do Filho (os dois milénios do símbolo dos peixes) virá o Reino do Espírito Santo, já o dizem as antigas profecias.

Os habitantes de Goa, como os do interior do Brasil, bem demonstram que não há necessidade da posse territorial por uma hierarquia estatal para salvaguardar a chama viva da alma portuguesa.” – Rainer Daehnhardt

in "PORTUGAL - A MISSÃO QUE FALTA CUMPRIR", Eduardo Amarante / Rainer Daehnhardt