A IMPORTÂNCIA DA ORDEM DE CISTER NO DESENVOLVIMENTO DE PORTUGAL


D. Afonso Henriques doou à Ordem de Cister ou a S. Bernardo extensos territórios na Estremadura (onde se inclui o mosteiro de Alcobaça), província que na altura estava deserta
 e constituía a fronteira entre cristãos e muçulmanos. Daí que S. Bernardo tratasse de encarregar Gualdim Pais, 4º grão-mestre templário em Portugal, de fazer uma cintura defensiva à volta dos bens da Ordem.

A Ordem de Cister foi fundamental para a colonização do território. A sua acção incidiu em:
• chamar, proteger e educar os colonos que formaram povoações;
• desbravar terras, abrir estradas e caminhos;
• construir pontes;
• comunicar com o mar que era uma forma de aproveitar a navegação;
• criar e aperfeiçoar as indústrias;
• explorar minas e os seus recursos;
• promover a criação de gado;
• lançar as bases de uma civilização.

Este papel era semelhante noutros mosteiros espalhados por outras localidades. Sob a protecção das Ordens militares colocaram-se colonos e cultivadores formando núcleos de população que, em alguns casos, se tornaram povoações importantes, como foi o caso de Tomar, muito graças à acção do mestre provincial dos Templários, Gualdim Pais.

Como forma de fixar a população, organizá-la e administrá-la em núcleos, D. Afonso Henriques concedeu foral a muitas terras, seguido pelas casas monásticas e pelos nobres donatários. 



in Eduardo Amarante, "TEMPLÁRIOS, Vol. 2 - A génese de Portugal no plano peninsular e europeu"