CONSUMIR… SENDO CONSUMIDO


"A finalidade do homem é espiritualizar-se e, para isso, deve estar imbuído de moral. A técnica não passa de um instrumento, de um meio que lhe deveria servir no seu percurso ascendente, facilitando-o. Porém, vemos que a técnica e os aparelhos por ela produzidos (que muitos, provado está, são prejudiciais à saúde) converteram-se num fim, num objectivo a alcançar.

Quer-se o conforto físico e não o conforto da alma. Mas... será que se quer mesmo? Ou serão antes os senhores ou os amos desta sociedade materialista que, manipulando o ensino e a informação, nos ditam aquilo que deveremos querer para, consumindo, sermos consumidos pela sua ânsia de lucro e poder?!" - Eduardo Amarante

"A ESSÊNCIA DO AMOR NÃO PODE EXTINGUIR-SE, MAS APENAS PERVERTER-SE" - H. P. Blavatsky




(Neste momento crítico de viragem histórica, o que predomina é a primeira evidência que conforma todo um ciclo de provas necessário para a tomada de consciência da humanidade mediante a provação da dor. Dessas experiências acumuladas emergirá um novo ciclo de luz e de amor regenerado).

“Neste imundo solo [leia-se civilização moderna] cresceram os germes que finalmente se converteram em contestatários que negam tudo: ateístas, nihilistas, anarquistas. Alguns poderão ser maus, violentos, criminosos; (…) colectivamente, esta porção desesperada da humanidade representa o próprio Satanás; pois ele é a síntese ideal de todas as forças discordantes, e cada vício humano ou paixão, não são senão um átomo da sua totalidade. 

"Pobres daqueles, orgulhosos e ricos, que mais parece não terem centelha divina, nos quais predomina um sentimento de egoísmo e de desejo de riquezas à custa do débil e do desfavorecido, indiferentes que estão perante as injustiças e o mal. Usam a palavra “liberdade” para se guindarem ao poder, quando, na verdade, para eles, a liberdade é sinónimo disfarçado de opressão do povo em nome do povo. Contudo, no mais profundo do coração desta porção satânica arde a centelha divina, apesar de todas as negações. Chama-se Amor pela Humanidade, uma ardente aspiração por um reino universal de Justiça e, daí, o desejo latente de Luz, Harmonia e Bondade." - H. P. Blavstaky

in "PROFECIAS - Da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo", Eduardo Amarante

A ÉPOCA EM QUE VIVEMOS... (escrito por H. P. Blavatsky no último quartel do séc. XIX)


Vejamos o que M.me Blavatsky escreveu no último quartel do século XIX a respeito do ambiente que se vivia na época e que ainda hoje é actual:
“A época em que vivemos é tão orgulhosa quanto hipócrita, tão cruel quanto dissimuladora.
(…)
“Para vislumbrar o ciclo futuro basta examinar a situação actual. O que é que vemos? Em vez da verdade e da sinceridade temos a fria cortesia cultural .
(…)
“Em todos os níveis encontramos a falsidade…; formosura por fora e putrefacção e corrupção por dentro. A vida é um vasto hipódromo cuja meta é uma torre de ambição egoísta, orgulho, vaidade, avidez pelo dinheiro e pelo poder, enquanto as paixões humanas são os ginetes e os nossos irmãos mais débeis os cavalos. Nesta terrível corrida de obstáculos, alcança-se o troféu fazendo-se sangrar e sofrer o coração de um sem-número de seres humanos e lucra-se pagando com a auto-degradação espiritual. Quem, neste século, se atreveria a dizer o que pensa? Hoje em dia é preciso ser-se intrépido para expressar a verdade com denodo, o que implica um risco e um elevado custo pessoal.
(…)
“É este o nosso século tão buliçoso. De todos os que o antecederam é o mais cruel, malévolo, imoral e incongruente. (…)
“No entanto, como se nos deparará o novo ciclo? Será simplesmente uma continuação do presente, com matizes mais escuros e terríveis? Ou irá raiar um novo dia para a humanidade, uma jornada radiante, repleta de verdade, caridade e verdadeira felicidade para todos? A resposta depende, principalmente, de todos os que… continuarem a lutar em prol da Verdade e contra os poderes das Trevas.
(…)
Uma vez que os seres humanos se consciencializem de que a autêntica felicidade se encontra no altruísmo, no amor fraterno, na ajuda mútua e numa constante devoção pela Verdade, e nunca na riqueza, nas posses terrenas e nas prebendas egoístas, as nuvens escuras dissipar-se-ão e na Terra nascerá uma nova humanidade. Então, despontará o dia da Idade de Ouro. Caso contrário, desencadear-se-á uma tempestade e a nossa soberba civilização ocidental mergulhará num oceano de horrores inauditos em toda a História.”

in "PROFECIAS - Da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo", Eduardo Amarante

OS TEMPLÁRIOS E A GEOGRAFIA SAGRADA


“Um estudo feito por Jeff Saward mostra a forte ligação entre os locais sagrados e os beneditinos. A utilização que esta ordem monástica deu à geografia sagrada encontra-se bem documentada, tornando-se óbvio que tinham conhecimento e manipulavam as energias da Terra para o progresso do cristianismo. Por seu turno, Kurt Gerlach descobriu, nos seus estudos, que os beneditinos ergueram mosteiros fortificados, a intervalos fixos, ao longo das linhas de força telúricas, donde emanava um poder espiritual e militar que mantinha o território sob seu domínio.

Em Portugal, os templários, graças ao conhecimento da Ordem de Cister, fizeram o mesmo ao criarem uma cintura defensiva de sete castelos em redor de Tomar, seu centro espiritual e militar.

Estas energias subtis inerentes a lugares mágicos são alegoricamente conhecidas como o “Santo Graal”, simbolizadas ou concentradas numa taça ou pedra. Mais tarde, a posse deste símbolo acabou por ser um sonho acalentado pelas ordens de cavalaria e tanto os cavaleiros da Távola Redonda, como os cavaleiros templários e teutónicos procuraram a morada do Graal, que corresponde a um centro iniciático que conserva a herança da Tradição primordial, segundo a unidade indivisível, que lhe é própria, das duas dignidades: a real e a espiritual.”

in "TEMPLÁRIOS, Vol. 1 - Dos Antecedentes Históricos à Fundação e Expansão", Eduardo Amarante

OS ILLUMINATI


Adam Weishaupt (1748-1830) foi educado num colégio de Jesuítas antes de obter o título de professor de Direito canónico em Ingolstadt, na Baviera. O seu director espiritual foi uma personagem misteriosa chamada Kolmer, que vivera bastante tempo no Egipto e fora animador na Europa do grupo maçónico 'Os Iluminados de Avinhão'.

Kolmer reconheceu em Weishaupt uma natureza fora do comum, tendo pressionado o jovem professor a criar, em 1776, uma sociedade secreta chamada Os Iluminados da Baviera, fundada curiosamente no dia 1 de Maio, data mundialmente comemorada. O plano secreto era acabar com os governos soberanos e as religiões, criando uma Nova Ordem Mundial. Esse plano foi descoberto, pela primeira vez, pelos czars da Rússia, o que originou a Primeira Guerra Mundial e, pouco depois, o assassinato do czar e da sua família.

Em termos de numerologia cabalística, o número onze (11) é muito importante para os Illuminati. Essa sociedade, como é de norma, obedecia a uma rigorosa escala hierárquica composta por treze graus. O candidato ou iluminado, à medida que avançava na escala de “iniciação”, eram-lhe levantados os véus que escondiam o fim último da Ordem: a destruição da sociedade e a sua substituição por uma organização sem classes, sem outra hierarquia que não fosse a “virtude” inerente a cada cidadão.

Os Iluminados que alcançavam o grau de padres iluminados sabiam, por conseguinte, que iam contribuir para o desmoronamento do cristianismo e da realeza, que seriam substituídos pelo ateísmo e pela igualdade…

Em 1777, Weishaupt ligou-se aos maçons, tendo entrado para a Loja de Munique nesse mesmo ano. A partir de então, ele trabalhou incansavelmente para enxertar o Iluminismo na Maçonaria. Dito de outro modo, criou uma ordem secreta dentro de outra ordem secreta. Aqui reside o segredo das forças ocultas que dominam presentemente o mundo: a exemplo das camadas de uma cebola, as sociedades secretas operam uma dentro da outra, de modo a que os membros que estão nas camadas (círculos) externas desconheçam os segredos daqueles que estão nas camadas (círculos) internos.

Trata-se, pois,efectivamente, de uma conspiração que se processa nos bastidores da História, para levar o mundo a uma Nova Ordem Mundial.

in "PROFECIAS - Da Interpretação do Fim do Mundo à Vinda do Anticristo", Eduardo Amarante

A VERDADE E A MENTIRA OU O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA NO HOMEM


No seu actual estado evolutivo, o homem comum – a imensa maioria da humanidade – vive num estado de consciência precária, e usa o seu livre-arbítrio como um brinquedo perigoso, raramente medindo as reais consequências dos seus actos. Daí provêm os muitos desvios do caminho evolutivo, desvios esses geradores de grandes sofrimentos e de atrasos na evolução. E daí a necessidade dos nossos Irmãos Maiores ou divinos Instrutores se manifestarem no mundo quando a humanidade Deles mais precisa. A este propósito citamos o que Ouspensky, na qualidade de discípulo, revelou ao mago Gurdjieff:

“O homem vulgar está constantemente num estado de inconsciência semelhante ao sono. É ainda pior, porque no estado de sono ele fica totalmente passivo, enquanto no estado de pseudo-vigília pode actuar. Mas as consequências dos seus actos repercutem-se sobre ele e sobre o seu meio e, entretanto, ele não tem consciência de si próprio. Não é mais do que uma máquina: tudo chega até ele. Não pode controlar os seus pensamentos, nem a sua imaginação, nem as suas emoções. Vive num mundo subjectivo, ou seja, um mundo feito do que ele acredita amar ou não, desejar ou não. Ignora o Real. O mundo autêntico é-lhe ocultado pelo muro da sua imaginação. Ele vive no sono.

“Como acordar? É o problema vital para todo o humano digno desse nome. O esforço, a reeducação devem começar pela convicção de que se está a dormir. Logo que ele tenha não só compreendido como comprovado que não se conhece verdadeiramente e que a análise de si mesmo constitui o primeiro passo no sentido do verdadeiro despertar, ele terá vencido a primeira barreira. Ele precisa ser ‘ajudado’ por um homem que não esteja adormecido. Esse ‘instrutor’ é absolutamente indispensável.”

Mestre “despertador de consciências”, a figura enigmática que foi Gurdjieff, mestre espiritual greco-arménio que trouxe para o Ocidente um modelo abrangente de conhecimento esotérico, relatou o seguinte aos seus discípulos, em forma de parábola, para lhes dar a conhecer o método de alcançar a consciência de si e os atributos espirituais do “Homem real”:

“Era uma vez um mágico rico e avaro que possuía numerosos rebanhos de carneiros. Não contratou um pastor nem fechou os pastos. Os carneiros meteram-se pelos bosques, caíram pelas ravinas e fugiram à aproximação do mágico, porque suspeitaram do que ele faria à sua carne e à sua lã.
“No entanto, o mágico encontrou a solução: hipnotizou os carneiros e convenceu-os em seguida de que eram imortais e que esfolá-los lhes fazia bem à saúde. Em seguida, convenceu-os de que ele era um bom guia, que era capaz de todos os sacrifícios pelos seus queridos carneiros a quem tanto queria. Depois disso, o mágico meteu na cabeça de cada rebanho que uns eram leões, outros águias e outros até mágicos. Feito isso, o mágico conseguiu o que queria. Os carneiros ficaram definitivamente amarrados a cada rebanho; eles esperavam com serenidade o momento em que o mágico os tosquiasse e cortasse as goelas.”

Meditemos bem sobre esta parábola, pois tem muito a ver com o Mito da Caverna de Platão e com a exploração do homem pelo homem, através daqueles que, ao invés de instruí-lo para que obtenha a sua libertação interior, enganam-no e escravizam-no. Gurdjieff sintetiza a importância do filósofo-guia no seguinte parágrafo:

“Se se encontram dois ou três homens ‘despertos’ entre uma multidão de ‘adormecidos’, eles reconhecem-se imediatamente, ainda que os adormecidos não os distingam… Duzentos homens conscientes, se eles considerarem a sua intervenção necessária, podem modificar todas as condições de existência sobre a Terra.”

Esta constitui uma “profecia” insofismável, que é reiterada pela seguinte frase:
“Na nossa época, a Verdade só pode chegar aos homens sob a forma de mentira. É apenas sob esta forma que eles são capazes de a digerir e assimilar. A Verdade crua seria uma comida muito indigesta…”. Neste sentido compreende-se o que Paul White afirmou quando disse que “Nada é mais estranho do que a verdade.”

in "PROFECIAS - Da Interpretação do Fim do Mundo à Vinda do Anticristo", Eduardo Amarante

A FUNÇÃO RITUAL DA PORTA FÚNEBRE

A existência de aberturas em estelas e esculturas ibéricas, representando frestas de portas, têm originado interpretações nem sempre coincidentes, lacunas quanto ao seu real significado ou mesmo erros graves na sua apreciação. Sabemos que a existência de orifícios em tampas tumulares alentejanas, da Idade do Bronze, simbolizavam uma abertura para a passagem das almas. Também não é raro encontrar em sarcófagos egípcios a imagem de uma porta. “Em toda a antiguidade grega, etrusca e romana, diz J. Leite de Vasconcelos, foi costume figurar portas em lápides e estelas funerárias, para se representar a passagem das almas por elas para o outro mundo; tornaram-se pois símbolos do sepulcro e da vida futura, chamando-lhes os arqueólogos portas fúnebres e portas do Hades. Em algumas aparece o próprio Hermes (ou Mercúrio) Psicopompo no acto de conduzir as almas.”

 No simbolismo ctónico-funerário chamava-se à entrada do Hades a “Porta do Sol”, evocando sugestivamente a ideia de um nascimento para a luz do espírito. Trata-se de um rito de passagem de um estado a outro, isto é, mediante rituais funerários simbolizados pela porta que deve ser atravessada, assegurava-se o renascimento post mortem. É significativa a presença de Hermes Psicopompo que, à semelhança do Anubis egípcio ou do Xolotl mexicano tem a faculdade de ver nas trevas, o que lhe confere o papel iniciático de condutor da alma-peregrina através das regiões infernais, recheadas de perigos astrais, até à morada dos bem-aventurados.

 Na religião cristã são bem conhecidas as portas do Inferno. Há igualmente estelas sepulcrais árabes, achadas em Espanha, semelhantes a um arco de ferradura, com o que se aspira a representar a porta da outra vida ou do Paraíso”. 

 Se atendermos ao facto de que toda a casa é um microcosmos ou imago mundi, isto é, tal como a cidade e o templo é um centro do mundo para aquele que nela mora, com o seu santuário reservado ao culto dos Manes, veremos que a porta assume de facto uma função mediadora e constitui uma possibilidade ou uma barreira quanto à passagem de um estado a outro, do domínio do profano ao domínio do sagrado. 

 A própria palavra templo significa a divisão existente entre o espaço profano e o espaço sagrado e, por conseguinte, através da porta de acesso faculta a passagem de um plano a outro. É por isso que em todos os recintos sagrados a porta que dá acesso a uma nova dimensão espiritual está sempre voltada para o ocidente. Os fiéis ou os neófitos fazem o percurso ascendente desde as trevas, que simbolizam a morte para o mundo profano, até ao oriente de um re-nascimento ou iniciação no sagrado. (O significado primitivo do verbo orientar depreende-se no atrás exposto). Em última análise, a passagem da porta simboliza a iniciação no conhecimento. 


in "UNIVERSO MÁGICO E SIMBÓLICO DE PORTUGAL", Eduardo Amarante