A ÉPOCA EM QUE VIVEMOS... (escrito por H. P. Blavatsky no último quartel do séc. XIX)


Vejamos o que M.me Blavatsky escreveu no último quartel do século XIX a respeito do ambiente que se vivia na época e que ainda hoje é actual:
“A época em que vivemos é tão orgulhosa quanto hipócrita, tão cruel quanto dissimuladora.
(…)
“Para vislumbrar o ciclo futuro basta examinar a situação actual. O que é que vemos? Em vez da verdade e da sinceridade temos a fria cortesia cultural .
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“Em todos os níveis encontramos a falsidade…; formosura por fora e putrefacção e corrupção por dentro. A vida é um vasto hipódromo cuja meta é uma torre de ambição egoísta, orgulho, vaidade, avidez pelo dinheiro e pelo poder, enquanto as paixões humanas são os ginetes e os nossos irmãos mais débeis os cavalos. Nesta terrível corrida de obstáculos, alcança-se o troféu fazendo-se sangrar e sofrer o coração de um sem-número de seres humanos e lucra-se pagando com a auto-degradação espiritual. Quem, neste século, se atreveria a dizer o que pensa? Hoje em dia é preciso ser-se intrépido para expressar a verdade com denodo, o que implica um risco e um elevado custo pessoal.
(…)
“É este o nosso século tão buliçoso. De todos os que o antecederam é o mais cruel, malévolo, imoral e incongruente. (…)
“No entanto, como se nos deparará o novo ciclo? Será simplesmente uma continuação do presente, com matizes mais escuros e terríveis? Ou irá raiar um novo dia para a humanidade, uma jornada radiante, repleta de verdade, caridade e verdadeira felicidade para todos? A resposta depende, principalmente, de todos os que… continuarem a lutar em prol da Verdade e contra os poderes das Trevas.
(…)
Uma vez que os seres humanos se consciencializem de que a autêntica felicidade se encontra no altruísmo, no amor fraterno, na ajuda mútua e numa constante devoção pela Verdade, e nunca na riqueza, nas posses terrenas e nas prebendas egoístas, as nuvens escuras dissipar-se-ão e na Terra nascerá uma nova humanidade. Então, despontará o dia da Idade de Ouro. Caso contrário, desencadear-se-á uma tempestade e a nossa soberba civilização ocidental mergulhará num oceano de horrores inauditos em toda a História.”

in "PROFECIAS - Da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo", Eduardo Amarante