A SAGRAÇÃO DO REI


De acordo com a Tradição universal, a humanidade nos seus primórdios foi directamente governada pelos Deuses, seres de uma grande evolução espiritual, que a iniciaram nos mistérios da Natureza por intermédio dos seus representantes mais desenvolvidos no plano de consciência. Entre tantas outras coisas ensinaram como se desenrola o mistério da Criação através do princípio da emanação que procede de uma Fonte única, soberana, e que se manifesta na Natureza sob chave séptupla. Legaram-lhe, assim, o conhecimento do princípio piramidal, séptuplo, pelo qual se rege o Universo. O Estado configura, portanto, uma pirâmide de acordo com a lei de analogia, cujo vértice simboliza o Pontifex, soberano único, intermediário entre o visível e o invisível, o físico e o metafísico, o Céu e a Terra.

Deste modo, sempre que a Tradição se mantém viva, o Estado é uma MONARQUIA-TEOCRÁTICA em que o Rei, ungido de Deus, receptáculo e veículo do divino, assegura na Terra, por analogia com o Alto, a ordem e a prosperidade, quer no plano material como espiritual. O Rei, em latim Rex , é o CENTRO em torno do qual gira a vida nas suas múltiplas expressões. É o “motor oculto” de que procede a corrente de energia vital que chega a todos sem distinção, assegurando a vida e o vigor da sociedade. É o símbolo terrestre do Sol-central, imóvel, à volta do qual gira e evolui toda a vida planetária. “Centro-regulador, o Rei-Sacerdote faz a ligação entre todos os homens do seu país. Toda a gente deve poder reconhecer-se no Rei. É por isso que o Rei integra ao mesmo tempo a função do agricultor, do artesão, do guerreiro e do sacerdote. Todas as camadas da população devem poder ver nele o modelo acabado das suas próprias vias de desenvolvimento. É a faculdade de ser reconhecido como fazendo parte de todas as castas e de possuir todas as qualificações que faz deste homem o CENTRO-TOPO da sociedade.” 

in Eduardo Amarante, “Universo Mágico e Simbólico de Portugal”

A Civilização X: O FIM DA DEMOCRACIA E DA HEGEMONIA AMERICANA


“O capitalismo desaparecerá, mais cedo ou mais tarde”

O historiador Israel Shamir, ao falar sobre o “choque de civilizações”, traça o retrato, a que chama ironicamente “qualidades”, daquela Civilização X, responsável pela tremenda crise social, económica e de valores morais e espirituais que acelerou o fim desta era civilizacional. Eis, então, as “qualidades” desta Civilização X:
• É extraterritorial, não conhece fronteiras e é capaz de expansão interminável, não hesitando para tal em atacar, devorar e escravizar;
• A sua principal ocupação é a usura. Concede empréstimos aos Estados, enreda-os em dívidas impagáveis e arruína-os;
• Considera a solidariedade e a fraternidade humanas como “totalitarismo”;
• Rejeita o Espírito e considera-o “fanatismo e fundamentalismo”;
• De igual modo, detesta o Cristianismo Apostólico e o Islão, mas tudo faz para pôr os Cristãos contra os Muçulmanos e vice-versa;
• Está fortemente envolvida nas drogas. Onde quer que vença, a heroína tem campo aberto;
• Exalta a vingança;
• Tem a alma de um ignóbil patife, no seu sentido estrito de “oposto a nobre”;
• Não produz arte. A ferrugenta Vénus exposta no museu Guggenheim é idêntica a qualquer montão de ferro velho;
• Está obcecada por um medo paranóico. Gasta em armas dez vezes mais dinheiro do que o resto do mundo, mas, ainda assim, quer desarmar toda a gente;
• Despreza o trabalho e os trabalhadores. O cinema produzido pela Civilização X mostra milionários e rameiras, jogadores de casino e corretores, vadios e gansgsters…;
• Ama os ricos, não se importando minimamente de como obtiveram essa riqueza. Acredita que os ricos são virtuosos, pois foram abençoados pela riqueza, enquanto os pobres são maus e danados justamente porque são pobres.

Por exemplo, no Fórum Económico Internacional de S. Petersburgo (2009), a resposta euro-asiática ao Fórum Económico Mundial de Davos (organizado pelos mentores da Nova Ordem Mundial), assistiu-se aos ritos finais da hegemonia Americana no mundo quando o Presidente da Rússia, Medvedev apelou à China, Índia e Rússia para “construírem uma ordem mundial cada vez mais multipolar.” Isto significa que foi atingido o limite no subsídio da imensa dívida Americana, enquanto, por outro lado, também se permite que os EUA se “apropriem das nossas exportações, companhias, acções e imobiliário em troca de papel-dinheiro de valor discutível”, explica Michael Hudson. “O sistema unipolar mantido artificialmente”, esclareceu Medvedev, está baseado “num grande centro de consumo, financiado por um défice crescente e, portanto, dívidas crescentes, uma divisa de reserva anteriormente forte e um sistema dominante de avaliação de activos e riscos.” Concluiu Medvedev que a raiz da crise financeira global é que os EUA fabricam muito pouco e gastam demasiado.

O ponto de impasse com estes países euro-asiáticos é o facto de os EUA ainda terem a capacidade de imprimirem ilimitadas quantias de dólares. Assim, a China, a Rússia e outros países vêem os Estados Unidos como um país fora-da-lei, tanto financeiramente como militarmente. Como se pode caracterizar de outra maneira um país que mantém um conjunto de leis para os outros – sobre a Guerra, o reembolso da dívida –, mas ignora-as em relação a si próprio?! exclamam eles. E ainda por cima os EUA são actualmente o maior devedor do mundo e, não obstante, querem impor as suas prerrogativas ao mundo sem qualquer base moral para o fazerem, tanto mais que evitam a si próprios o sofrimento dos “ajustamentos estruturais” impostos a outras economias devedoras, utilizando dois pesos e duas medidas. Adivinha-se, por conseguinte, que uma era está a chegar ao fim. Como diz Michael Hudson:
“Se a China, a Rússia e os seus aliados não-alinhados prosseguirem o seu caminho, os Estados Unidos já não viverão mais das poupanças dos outros (…) nem terão dinheiro para as suas despesas e aventuras militares ilimitadas.”

Caiu o Império Soviético, mas antes dele caiu o Império Romano e, muito antes, caiu o Império Atlante. Esta Torre de Babel em que hoje nos encontramos, liderada pelos Senhores das Trevas, também irá cair, não obstante tentarem por todos os meios ter o domínio do mundo, ainda que para isso tenham de recorrer à matança dos inocentes.

Em todos os países ocidentais, a “segurança” contra reais ou imaginários ataques terroristas e outros serve actualmente de pretexto para o aumento da repressão e a gradual supressão da liberdade de pensamento e expressão, num tácito recuo sem precedentes da democracia.

Mas tudo isto não é por acaso, uma vez que o fim da democracia, o incremento da repressão e da censura e a instauração de um Estado-Polícia são os ingredientes indispensáveis do liberalismo económico, a fim de prevenir as reacções violentas (revoltas populares, distúrbios, pilhagens…), inevitavelmente causadas pela carência de recursos e de bens essenciais e pelo aumento exponencial de pobres e marginais.

in Eduardo Amarante, "Profecias - da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo", Apeiron Edições

A EMBLEMÁTICA BATALHA DE OURIQUE - DE MILAGRE A PRIMEIRO MITO DE PORTUGAL


Segundo os cronistas antigos, a batalha de Ourique foi a pedra angular da fundação de Portugal como reino independente. Ali os soldados aclamaram rei o jovem príncipe que os conduzira à vitória sobre cinco reis mouros e os exércitos sarracenos de África e de Espanha. 

Foi a mais célebre de todas as histórias de lutas contra os mouros . 
Os momentos que antecederam a batalha são assim relatados por André de Resende: 
“Afonso ocupou a colina onde estava uma antiga ermida em que determinado velho, de proveta idade, vivia entre os mouros como um ermitão e que, devido à pobreza e santidade de vida, por ninguém era provocado injustamente. O quase infindável contingente militar de Ismar enchia todos os campos em redor e já esperançadamente se via a tragar os adversários cercados. Não parecia aos nossos soldados ser decisão avisada combater contra tão grande multidão, pois cada um deles teria de defrontar no combate para cima de cem inimigos, mas o príncipe robusteceu o espírito dos seus soldados por meio de um discurso cheio de esperança e firmeza. Ao mandá-los dispersar ordenou que tratassem de seus corpos e que aguardassem alegremente o dia seguinte que era santificado ao apóstolo Tiago, padroeiro das Hispânias. 

Como tivesse anoitecido, veio aquele anacoreta à presença de Afonso e exortou-o a ter coragem com a revelação de uma profecia. Disse-lhe que à hora da noite em que ouvisse o som de uma sineta que estava na capelinha deveria sair da tenda pois lhe iria aparecer no ar Cristo suspenso da cruz. 

Afonso, contente com uma notícia tão desejada e tão inesperada, velou toda a noite aguardando o prometido. E assim, ao romper da alva e antes do dia, ao sair da sua tenda real quando tinia a sineta, pôde olhar para o Senhor crucificado, suspenso no ar. Arrastado, quase fora de si, pelo prazer desta visão, adorando-o dizia assim: ‘Será verdade, ó Salvador do mundo, que me apareces a mim neste momento? Mas por que razão apareces àquele que em ti crê e que te honra com a maior devoção? Antes te dignasses a aparecer a estes infiéis, ignorantes da tua divindade, inimigos teus e portanto meus, para que compreendam o mistério da tua cruz e deixem de ser insensatos’. 

Quando com estas e outras palavras semelhantes prosseguia, como que em êxtase, foi muito agradavelmente surpreendido pela voz de Cristo que lhe falava e prometia vitória. Logo que a divina aparição se recolheu ao céu, pediu as armas, ordenou que se armassem os soldados, que se formassem as linhas de batalha e que as tubas em uníssono dessem o sinal. 

Alguns dos chefes procuraram-no em nome do exército, dizendo: 
- ‘Os teus homens, valente chefe, pedem que lhes permitas saudar-te como rei’. 
Mas ele respondeu-lhes: 
- ‘Fidelíssimos companheiros de armas! Coube-me a mim, entre vós, o nome e título suficientemente honroso de príncipe. Não ambiciono outro. E ainda que o desejasse muitíssimo ou quisesse aceder ao que pedis, nem o momento nem o local o permitem. Esforçar-me-ei por que não vos desagrade como vosso chefe; esforçai-vos vós para que eu como chefe não tenha a lamentar a perda de soldados’. 

A resposta foi a seguinte: 
- 'Não só prometemos o que pedes como, quanto a nós, não faltaremos ao dever. Mas pelo rei combateríamos com mais ardor, venceríamos com mais honra e morreríamos mais alegremente’. 
Então, depois de quase terem forçado a quem se escusava, foi aclamado por três vezes em altos brados e ao som das tubas, clarins e tambores: 
- ‘Vida e vitória para Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal’! 

(...) Afonso, o novo rei, portanto, ficou nos arraiais durante três dias conforme era hábito dos vencedores, tendo deixado o despojo para os soldados. 
Ele próprio, que até então usava um escudo branco, imaginou insígnias que representassem o combate que ali se passou. Em primeiro lugar, porque no ar olhara para Cristo pregado na cruz, desenhou no escudo de prata uma cruz da cor do céu; depois, porque tinha vencido cinco reis, separou com a própria cruz cinco escudos; em cada um destes representou trinta moedas de prata, porque se considerara que por essa soma fora vendido o Salvador do mundo. 
O desenho das moedas foi modificado por uma questão de comodidade pelos reis que se seguiram e em cada um destes escudos foram colocadas cinco moedas em forma de cruz, aproximadamente com a forma da letra X, de maneira que, contando duas vezes, o que está no meio e como a conta é feita desde cima e de lado a lado, se perfaz o número trinta. 
Foram estas as insígnias que naquele momento e naquele lugar se adoptaram. Quanto aos sete castelos que no campo rubro do escudo régio rodeiam as orlas, relacionam-se com outra história.” 

in Eduardo Amarante, "TEMPLÁRIOS, Vol. 2 - A Génese de Portugal no Plano Peninsular e Europeu"

O PLANO “PROFÉTICO” DO COLAPSO ECONÓMICO


Um dia no distante ano de 1802 um ex-presidente dos Estados Unidos da América, Thomas Jefferson, escreveu ao Secretário das Finanças Albert Gallatin as seguintes palavras proféticas:
“Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para a nossa liberdade do que verdadeiros exércitos. Se o povo americano alguma vez permitir aos bancos privados controlarem a emissão da sua moeda, primeiro através da inflação, e depois através da deflação, então esses bancos, e as empresas que surgirão em seu redor, tomarão posse de todas as propriedades desse povo, até que todas as crianças nasçam sem abrigo, no continente que os seus pais conquistaram. Esse poder de emissão deve ser retirado aos bancos, e devolvido ao povo, seu legítimo proprietário.”
Por seu turno, Karl Marx havia profetizado na sua obra Das Kapital (1867) o seguinte:
“Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-a dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão de ser nacionalizados pelo Estado.”


Os Senhores das Trevas planearam um colapso económico global que os ajudará – crêem eles – a trazer o seu Anticristo ao cenário mundial. Já há muitos anos que eles começaram a planear como construir essa economia virtual e fraudulenta para depois destruí-la, com o objectivo de criar um tal medo e uma tal insegurança nas pessoas que elas aceitem a intervenção “salvífica” do Anticristo disfarçado de Cristo.

As economias ocidentais e as bolsas de valores entrarão em colapso. Este cenário ocorrerá em breve com toda uma planeada sequência de acontecimentos.
O Governo declarará uma “emergência nacional”. Essa declaração invocará todos os poderes de Chefe de Estado. Com esses poderes, o Presidente tornar-se-á um virtual ditador, precursor do futuro tirano. Assume o controlo absoluto de todos os transportes, comunicações, abastecimento e declara a lei marcial. Os povos ocidentais, em particular, entrarão num tão grande pânico – é o que prevêem, segundo estudos de psicologia sobre o comportamento de massas – que aceitarão qualquer plano que, aparentemente, os livre dessa terrível sequência de crises. As pessoas pularão de contentes ao perderem as suas liberdades e a própria forma constitucional de governo se acreditarem que tal perda restaurará a calma e a prosperidade. As pessoas, desesperadas, acreditarão ingenuamente em todas as promessas que o governo lhes fará, entre as quais a de restaurar, logo que a crise passe, as liberdades individuais.

(...) Romper com a escravidão dos juros significa a libertação do trabalho que está subjugado aos tubarões das finanças que dominam o sistema bancário mundial. Até ao momento foram desencadeadas guerras contra todos os que não se submeteram aos ditames da “nova ordem mundial”, em defesa da “liberdade”, da “democracia” e dos “direitos humanos”. Esses países foram “libertados” dos seus líderes por meio de bombas que arrasaram cidades e mataram milhões de seres humanos, muitos deles mulheres e crianças indefesas. Para a inevitável reconstrução foram apoiados com empréstimos a juros elevados pelos mesmos que os destruíram…

Os grandes banqueiros e os magnatas da comunicação envolveram o mundo numa complexa rede de intrigas. Incentivaram as mais fugazes quão desenfreadas paixões, o desejo pelo luxo e a ostentação, o consumismo e a luxúria… levando à falência a moral pública, ao materialismo sem regras nem escrúpulos as classes dirigentes e a uma banalização da vida nacional com a gradual perda de identidade a nível colectivo e individual. Foi esta caldeirada, aliás bem cozinhada, que gerou o terrível colapso.

Os juros, proibidos pelos Templários, pois representam a transferência de bens sem esforço e o enriquecimento sem produção, levaram ao aparecimento das grandes corporações financeiras. O dinheiro, como era entendido pela Ordem do Templo, nada mais deve representar do que um vale para o trabalho executado, como um meio de troca; a sua função termina aí. Ele não pode, ou não deve, crescer, através dos juros, à custa do trabalho produtivo. E é isto que as pessoas devem entender de maneira clara. Logo virá uma sociedade mais justa e mais humana.

in Eduardo Amarante, "Profecias - da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo", Apeiron Edições

TOMAR, A MENTORA DAS VIAGENS OCEÂNICAS


Em 1416, o Infante D. Henrique dividia o seu tempo entre o castelo de Tomar, sede da Ordem, e a vila de Lagos, no Algarve. Em Tomar, administrava as finanças, a diplomacia e a carreira dos pilotos iniciados nos segredos do empreendimento marítimo. Inclusivamente, o castelo era um cofre de recursos e de informações secretas. Por sua vez, Lagos e a Vila do Infante , junto a Sagres, funcionavam como escola e base naval.
Assim, o Infante D. Henrique viveu tanto em Sagres como em Tomar, preparando-se espiritualmente para a grande gesta das Descobertas. Nesta cidade teve início uma das maiores aventuras da humanidade, a fazermos fé no que disse o ilustre historiador Arnold Toynbee:
“Depois de Cristo, o maior acontecimento da História são as Descobertas.”

Essa aventura encontra na mística e no culto do Espírito Santo uma das suas mais fortes razões de ser. Como diz Anselmo Borges:
“Ora, na génese da aventura marítima não estão razões apenas de ordem material. É que, se estas são as mais urgentes, não são as fundamentais. Sem a mística e o culto do Espírito Santo, os Descobrimentos não têm plena inteligibilidade.”

Foi em Tomar que o Infante D. Henrique concebeu e amadureceu a ideia das explorações marítimas. Aí teve início a gesta náutica que levou as caravelas portuguesas “por mares nunca dantes navegados”, ostentando nas suas velas o símbolo da Ordem de Cristo. Como afirma Amorim Rosa:
“Se Sagres foi a mão que lançou ao mar as caravelas das Descobertas, Tomar foi o cérebro que organizou as expedições e o alfobre de onde saíram os primeiros capitães das naus. E a Ordem de Cristo foi a fonte de onde jorrou todo o oiro necessário para alimentar tão grande empresa.”

Em Tomar, o Infante D. Henrique mandou “cada semana, ao sábado, por sempre em minha vida e depois da minha morte dizer uma missa de Santa Maria, e a comemoração seja do Espírito Santo.”

in Eduardo Amarante, "TEMPLÁRIOS, Vol. 3 - A Perseguição e a Política de Sigilo de Portugal: a Missão Marítima"

DOAÇÕES DE D. AFONSO HENRIQUES AOS TEMPLÁRIOS PARA A DEFESA E POVOAMENTO DO TERRITÓRIO PORTUGUÊS

1156, D. Teresa Afonso decidiu entregar o seu mosteiro de Santa Maria das Salzedas aos cistercienses ;
1159, doação de D. Afonso Henriques aos templários do castelo de Ceras, com todos os seus termos, incluindo Tomar; 
1160, doação de várias povoações no centro do país a colonos francos;
1169, doação por parte de D. Afonso Henriques aos templários de 1/3 das terras que conquistassem no Alentejo ;
1172, é entregue à Ordem de Santiago (então estabelecida em Portugal) Arruda, Alcácer, Almada e Palmela (estas três últimas são doadas então à Ordem por D. Sancho I, em 1186); 
1174, mandou edificar o convento de Santa Maria de Aguiar, um dos mais antigos mosteiros da Ordem de Cister, para servir de habitação e ofício aos monges bernardos. Situado na freguesia de Castelo Rodrigo, é um dos mais belos exemplares do românico de transição. Nele viveu o famoso cronista do Reino, o cisterciense Frei Bernardo de Brito, um dos autores da Monarchia Lusitana. 

in Eduardo Amarante, "TEMPLÁRIOS, Vol.2 - A Génese de Portugal no Plano Peninsular e Europeu"