O TEMPLO DE SALOMÃO E O SEGREDO TEMPLÁRIO


O Templo de Salomão, construído de 1013 a 1006 a.C., foi minuciosamente descrito, na Bíblia, como uma arquitectura grandiosa, sobretudo nos materiais empregues na sua edificação (lI Crónicas, 3, 4).
 Era um templo feito em pedra e ficava na parte oriental de Jerusalém, no Monte Moriá, colina isolada por três dos seus lados e ligada pelo norte às montanhas de Judá. Foi construído por fenícios (não esqueçamos que estes foram pálidos imitadores dos egípcios, assírios e gregos), sob a direcção de um arquitecto de Tiro, o famoso Hiram Abiff. Pelo acidentado do terreno houve necessidade de fazer uma terraplanagem, que chegou a atingir nalguns pontos a altura de 38 metros. No interior do templo, mais propriamente na sua sala central, o “Sanctum Sanctorum”, colocou-se a mítica Arca da Aliança (*).

No átrio exterior do templo havia um enorme recipiente em bronze, o “mar de bronze”, onde os sacerdotes se purificavam antes de exercerem os rituais. Os símbolos mais importantes que encontramos são: a estrela de David, de seis pontas, o candelabro de sete braços, instalado no templo e o rolo da Tora que contém os cinco livros de Moisés.

O Templo de Salomão foi destruído pelos caldeus em 588 a.C. e reconstruído por Zorababel em 516 a.C. Porém, foi ampliado por Herodes em 18 a.C. Finalmente, foi totalmente destruído por Tito, no ano 70 da nossa era, não ficando pedra sobre pedra. Toda a reconstituição do templo é, pois, conjectural, feita segundo as referências bíblicas e as Antiguidades Judaicas de Josefo.

(*) A tradição diz que Hugo de Payns (um dos fundadores da Ordem do Templo) e os seus companheiros tinham descoberto, nas ruínas do Templo de Salomão, a Arca da Aliança e haviam-na transportado para França, assim como os segredos de Hiram Abiff, o lendário construtor daquele templo. Estes tesouros, ainda de acordo com a tradição, teriam sido escondidos na catedral de Chartres. Após o incêndio que destruiu a citada catedral, foram os templários que financiaram a sua reconstrução e forneceram os mestres-canteiros especializados na arte gótica, chamados “Filhos de Salomão”.

In Eduardo Amarante, “Templários”, Vol 1