Os sumérios, egípcios, hindus, chineses e os
próprios mayas mediam os ciclos de energias cósmicas (incluindo a solar e a lunar)
que transformam os campos de energia da Terra e, consequentemente, a vida
planetária. Estamos, presentemente, num desses ciclos e, segundo o Calendário
Maya, o ponto crítico de mudança é em 2012. Estes ciclos de energia actuam como
portais que se abrem para aqueles que estão preparados para alcançarem estados
mais elevados de consciência. Se essa oportunidade não for aproveitada,
ter-se-á de começar um novo ciclo até à abertura de um novo portal.
A primeira notícia que se
tem dos mayas data do ano 600 a.C., tempo em que há registos de simbologias
esculpidas em pedras. O seu florescimento ocorreu entre os séculos II e IX da
nossa Era. Sendo uma das mais antigas civilizações pré-colombianas, foram
exímios na arte, arquitectura e astronomia, tendo-se revelado mestres na
construção de cidades esplendorosas com os seus respectivos locais de culto,
templos e pirâmides. A sua civilização estendeu-se pelas planícies da Península
do Yucatán, onde hoje fica o México, por quase toda a Guatemala, parte
ocidental das Honduras, Belize e regiões limítrofes, tendo constituído uma das mais complexas e influentes culturas
da mesoamérica.
Na mesma altura
em que a Europa mergulhava na Idade das Trevas, os habitantes da mesoamérica
estudavam astronomia e astrologia. Para tal tinham dois calendários – o Haab e oTzolkin
– e um sofisticado sistema de escrita hieroglífica (os glifos mayas).
Por volta do ano
900, o antigo império Maya começou a sofrer um declínio de população, e os seus
sumptuosos centros urbanos foram abandonados por motivos ainda hoje
misteriosos.
Os mayas clássicos eram um povo com motivações
culturais e espirituais diferentes das nossas. Onde os modernos cientistas
detectaram experimentalmente os efeitos físicos das radiações de densidade que
varrem toda a Via Láctea, os mayas procuravam detectar experimentalmente
radiações de diferentes forças que influenciavam não só o nascimento e a
actividade das estrelas, como também o nascimento e a actividade das ideias.
Portanto, enquanto os cientistas modernos desenvolveram um modo de consciência
que lhes permite expressar os efeitos físicos dessas radiações, os mayas
desenvolveram uma consciência que lhes possibilitava expressar os efeitos
psíquicos dessas mesmas radiações.
O declínio da civilização maya, cujas cidades
monumentais foram inexplicavelmente abandonadas no século IX, como dissemos
atrás, poderá ter alguma relação com o facto do campo magnético solar e as
manchas solares se terem invertido precisamente nessa época. O fenómeno
provocou infertilidade e mutações genéticas na Terra e teve efeitos mais
severos nas regiões equatoriais. Além das deformações genéticas e da alteração na fertilidade feminina,
as actividades das manchas solares também podem ter causado uma grande seca na
região dos mayas, provocada pela redução do volume de água evaporada dos mares.
Segundo cálculos efectuados pela Ciência, o ciclo
de manchas solares é de 68.302 dias, e após 20 ciclos (20 x 68.302= 1.366.040
dias) o campo magnético solar sofre uma inclinação. A Terra tenta alinhar o seu
eixo magnético com o do Sol e também se inclina – o que pode causar catástrofes
de dimensões gigantescas no nosso planeta.
A
mudança de direcção do campo magnético solar, que acontece cinco vezes
em cada ciclo cósmico, é o que, para muitos, abalará o eixo da Terra, que
ficará sujeita a terramotos, enchentes, incêndios e erupções vulcânicas. O
próximo fim de ciclo ocorrerá em 2012 (Era do Jaguar).
Começamos, agora, a entender que a chamada
adoração ao Sol, tal como é atribuída aos antigos mayas, era, na realidade, o
reconhecimento de que o Sol lhes transmitia muito mais do que luz e calor.
Durante o período de conquista e ocupação
espanhola, muitos dos documentos dos nativos pré-colombianos foram destruídos.
Contudo, foram preservados alguns raros e preciosos manuscritos. O mais
importante desses manuscritos salvos da destruição é o Códice de Dresden. Escrito em glifos, foi descodificado na Alemanha
em 1880, tornando-se assim possível aos investigadores traduzir muitas
inscrições encontradas nos vetustos templos mayas.
Descobriu-se, então, que o Códice de Dresden
apresentava profundos conhecimentos astronómicos, com tabelas pormenorizadas
dos eclipses da Lua, entre outros fenómenos. Foi também aí encontrada a
evidência de dois ciclos anuais usados pelos mayas:
·
O calendário sagrado Tzolkin de 260 dias (venusiano), igualmente chamado relógio cósmico;
·
E o calendário Haab, de 365 dias (solar), baseado nos ciclos da Terra.
Constatou-se, ainda, que os mayas tinham um outro
sistema de contagem de dias, chamado “Nascimento de Vénus”. Este calendário era
dividido em meses (uinals) de 20
dias; e em anos (tuns) de 360 dias; e
ainda em longos períodos de 7.200 dias (katun),
de 144.000 dias (baktun) e de
2.880.000 dias (Pictun). Também se
veio a saber que o número 13 era magicamente importante para eles, pois
acreditavam que, com o nascimento de Vénus após 13 baktuns (aproximadamente 5.125 anos), chegar-se-ia ao final dos tempos
(fim de um ciclo). Para os mayas, a era actual começou em 13 de Agosto de 3.113
a.C. e deverá terminar, sensivelmente, a 21 de Dezembro de 2012, quando Vénus
desaparecer por detrás do horizonte ocidental, altura em que a constelação das Plêiades
“nascerá” a Oriente..
Segundo
o calendário maya, o Sistema Solar está em órbita em relação ao centro da Via
Láctea. Esta órbita tem um ciclo de 25.625 anos, divididos em 5 fases de 5.125
anos. A razão para esta divisão é que a cada 5.125 anos acontece o chamado
“pulso cósmico”, quando as ondas de energia emanam do centro da galáxia em
todas as direcções, atingindo também o Sol e influenciando o seu comportamento
como o dos planetas em sua órbita. No momento presente estamos a viver um
“pulso cósmico” que se iniciou em 1992 e deverá terminar em 2012 (duração de 20
anos).
Nestes
períodos de pulso cósmico são comuns
as tempestades solares que afectam os pólos e as linhas magnéticas da Terra,
causando diversas anomalias no comportamento planetário e no dos seus
habitantes.
A
intensidade das linhas magnéticas que cruzam o planeta de norte a sul diminui,
provocando a desorientação dos animais migratórios que se orientam pelos veios
magnéticos da Terra. Por sua vez, os pólos magnéticos tornam-se instáveis, com
repercussões nos instrumentos electrónicos de navegação aérea e marítima.
Essa
alteração do fluxo magnético planetário também tem uma influência notória sobre
o comportamento humano. Quando submetido a forças magnéticas de menor
intensidade, o homem tende a sintonizar-se com o inconsciente colectivo[1],
abrindo caminho para a depressão, a insanidade, a intolerância e a
incompreensão.
Para
sobreviver aos períodos de pulsos cósmicos, o homem deve sobrepor-se ao
inconsciente colectivo através da meditação e da espiritualização, procurando
um rumo para a sua vida que contemple acções comunitárias e filantrópicas e uma
interiorização que o leve a ser dono e senhor dos seus pensamentos e actos e
não arrastado pelas circunstâncias. Desta forma tornar-se-á um importante
obreiro do Bem no combate à ignorância colectiva e às paixões inferiores da
multidão. E, assim, contribuirá para inviabilizar o plano dos Senhores das
Trevas de instaurarem a escravatura global num mundo de ateísmo e miséria.
Como
já vimos anteriormente, o Zodíaco está dividido em doze signos, de 2.160 anos
cada um, chamados Era. Presentemente,
estamos no período de transição entre as eras de Peixes e de Aquário, chamado Vértice, que tem uma duração de 200 anos,
incluindo o último século da Era que findou e o primeiro da nova Era. A nova Era,
a de Aquário, será marcada pelo culto universal do Espírito Santo e da Mãe
Divina.
Os
mayas sabiam que o nosso Sol, Kinich Ahau,
é um ser vivo que respira e que, ciclicamente (a cada 5.125 anos), a Terra
vê-se afectada pelas mudanças do Astro-Rei mediante o deslocamento do seu eixo
de rotação. Previram que a partir desse movimento haveria grandes desastres.
Com
base nas suas observações, concluíram que a partir da data inicial da sua
civilização, desde o 4º Ahua, 8º Cumku, 3.113 a.C. ou seja, no ano 2012
d.C. (3.113+2.012=5.125), o Sol mudará a sua polaridade, o que irá provocar
grandes convulsões na Terra, que darão início a uma nova Era.
Os
mayas asseguravam que a sua civilização era a 5ª iluminada pelo Sol. Antes
haviam existido outras quatro civilizações que foram destruídas por grandes
cataclismos naturais. Entendiam que cada civilização é apenas um degrau para a
evolução da consciência colectiva da humanidade. Segundo eles, no último grande
cataclismo, a civilização[2]
foi destruída por uma grande inundação (Dilúvio), que deixou apenas alguns
sobreviventes, de quem eles eram os descendentes.
Alguns
autores, na sua grande maioria sensacionalistas, afirmam que esta portentosa
civilização pré-colombiana da mesoamérica terá deixado para o futuro uma
mensagem escrita na pedra contendo 7 profecias, sendo uma parte de advertência
e outra de esperança. A primeira, segundo eles, profetiza o que irá acontecer
nos próximos tempos e a segunda fala sobre as mudanças que devemos realizar,
sobretudo no nosso interior, a fim de impulsionarmos a humanidade, quer
individual quer colectivamente, para a nova era que se avizinha.
Facto
indesmentível é que todos nos apercebemos de que mudanças profundas estão a
acontecer e pressentimos que algo mais grave ainda está para vir. É a ameaça
constante de guerra, são os índices alarmantes de poluição, é a devastação dos
recursos naturais, é o buraco de ozono, são as alterações climatéricas, o
derretimento das calotas polares, as grandes inundações e os tsumanis, a intensidade e a
imprevisibilidade de tornados e furacões, para não falarmos do aumento
considerável da fome e da pobreza no mundo, acompanhadas pelo caos económico a
nível global, a inversão de valores, a falta de ética e de moral, a mentira, a
ausência de escrúpulos, a corrupção, as desigualdades crescentes, a injustiça…
A maioria dos livros sagrados das diferentes religiões relatam profecias que
têm, directa ou indirectamente, a ver com estes tempos conturbados e
“apocalípticos”.
Os
mayas, grandes matemáticos, astrónomos e astrólogos, previram, nos seus
cálculos, que o seu calendário terminaria em 2012 da era cristã. Mas, como
veremos mais adiante, trata-se apenas do final de um ciclo histórico e não de
uma profecia, já que os mayas não fizeram profecias sobre o ano 2012.in "Eduardo Amarante, "Profecias - Da interpretação do Fim do Mundo à vinda do Anticristo"