A ATLÂNTIDA, O MITO DE ADÃO E EVA E OS MONUMENTOS MEGALÍTICOS



“Se existiu em tempos remotos uma grandiosa civilização desaparecida por um grande cataclismo, a Atlante, pode perguntar-se qual foi a origem de toda essa ciência que floresceu há milhares de anos a.C.? Se, de facto, existiu, e vários testemunhos clássicos apontam para isso, não há dúvida de que essa civilização foi concebida por homens superiores, os magos da Atlântida desaparecidos nas águas do Atlântico, cujos sobreviventes (homens do mar) dispersaram-se pelo mundo, instalando-se, sobretudo, nas zonas mais afastadas e altas da Terra, onde instruíram os outros sobreviventes.
Esses homens foram chamados Gigantes em todas as mitologias e eram de raça vermelha como os himaritas fenícios. No mito bíblico, e de acordo com o abade Moreux, Adão foi expulso do Paraíso devido a ter comido a maçã do Conhecimento, partindo com a sua ciência, que transmitiu aos seus descendentes, mas que, geração após geração, foi diminuindo até desaparecer. Numa das suas chaves interpretativas, o mito da expulsão de Adão do Paraíso traduz a história dos sobreviventes do cataclismo da Atlântida que, tendo perdido os seus meios, se viram obrigados a subsistir na natureza em convulsão e selvagem, tendo, parte dos seus descendentes, passado gradualmente à mediocridade. Não obstante, uma parcela desse conhecimento foi transmitida e conservada, não apenas nas pirâmides do Egipto, mas também, entre outros, nesses monumentos megalíticos que são os dólmens e os menires... Na verdade, grande parte do que nos chegou dessa ciência está escrito na pedra e nas proporções desses monumentos, sendo os seus construtores os veículos desse saber perdido. Esse saber foi transmitido desde os tumuli (termo plural de tumulus) e as pirâmides até às catedrais góticas, o que nos leva a admitir que são os construtores que estão na base dessa transmissão e, assim sendo, as fraternidades de mestres-canteiros da Idade Média são, em certa medida, as continuadoras da ciência aplicada pelos construtores dolménicos.” – Eduardo Amarante