O MITO DO 5º IMPÉRIO NA EPOPEIA MARÍTIMA



A grande epopeia marítima foi realizada por homens altamente preparados do ponto de vista moral e espiritual. A missão de que estavam incumbidos não era conquistar o mundo, mas antes levar a sabedori
a antiga, os valores de ordem espiritual, a união e a concórdia a todo o planeta. A sua missão foi acima de tudo um ensaio, para as gerações futuras, daquilo que podia e devia ser feito quando chegasse a hora de unir e não mais separar. Na realidade, o projecto templário foi vanguardista para a época, demasiadamente atrasada para empreender e compreender tal empresa espiritual, inclusive a própria Igreja, mergulhada que estava em aumentar e solidificar o seu poder temporal. Digo vanguardista, pois, na altura, eram pouquíssimos os que compreenderam o alcance desse projecto universal (o império espiritual: o 5° Império (?)). Tal como hoje, na época os interesses materiais suplantaram o propósito de cumprir a missão universalista. Era impossível concluir a missão naquela altura, pois as mentes trôpegas e ignorantes…
Nem a Revolução Francesa, nem a chegada do homem à Lua, nem a União Europeia tiveram o alcance e a aspiração sublime da epopeia portuguesa, inspirada inicialmente pela Ordem do Templo e, mais tarde, concretizada pela Ordem de Cristo.

In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 3