“Ao carvalho, tido como sagrado na Lusitânia e entre os druidas, era-lhe atribuída a virtude de curar a sarna e outras doenças e, para tal, havia que esfregar o corpo contra o córtice desta árvore extremamente
magnética. O carvalho é, ainda hoje, em algumas localidades, alvo de veneração e respeito. Esta era a árvore sagrada dos celtas, que se reuniam debaixo dela em ocasiões muito especiais, num estado de pureza interior. Na sua presença faziam-se os juramentos importantes, aqueles juramentos que não podiam ser violados.
À oliveira também se atribuíam virtudes curativas, principalmente às que estavam plantadas nos adros das igrejas (em tempos cristãos) e dos templos (em tempos pagãos). O culto a Nossa Senhora da Oliveira reflecte a sacralidade desta árvore. Outro exemplo de árvore venerada é a azinheira que era, por excelência, a árvore sagrada dos gregos (na Odisseia encontramos uma passagem interessante sobre o relacionamento do herói Ulisses com esta árvore sagrada), se bem que na actualidade o lugar de Fátima lhe esteja intimamente ligado.
A tradicional árvore de Natal não falta nos nossos lares durante essa quadra festiva, para enfeitar,dar beleza, cor e um pouco de magia ao nosso imaginário e à nossa fé. No entanto, essa árvore provém dos países nórdicos e é, efectivamente, uma réplica da árvore Yggdrasil, a árvore do universo. Esta árvore representa a criação do universo, e as bolas decorativas que nela colocamos representam as esferas celestes. No topo da árvore Yggdrasil havia um galo de ouro. Poderíamos perguntar por que é que em grande parte das nossas igrejas antigas, no campanário, está um galo de bronze. Também poderíamos relacioná-lo com a chamada “missa do galo”, celebrada à meia-noite do dia de Natal. Mas, o que é que faz o galo? Simbolicamente, o galo anuncia o despertar da vida, é aquele que precede e anuncia o Sol. Por analogia, o facto de o galo cantar do alto do campanário da igreja simboliza o apelo para a vida espiritual. A missa do galo anuncia o nascimento da Luz (Jesus Cristo) em pleno solstício de Inverno. É um canto de vitória da luz sobre as trevas e, ao mesmo tempo, recorda-nos que, mesmo nas noites mais escuras e frias das nossas vidas – nos momentos das grandes tormentas psíquicas –, o bem triunfa sempre sobre o mal.
No nosso território ainda perdura o culto às árvores como a oliveira e o carvalho que se crê possuírem virtudes curativas, tal como se atesta em algumas canções do folclore minhoto.” – Eduardo Amarante
À oliveira também se atribuíam virtudes curativas, principalmente às que estavam plantadas nos adros das igrejas (em tempos cristãos) e dos templos (em tempos pagãos). O culto a Nossa Senhora da Oliveira reflecte a sacralidade desta árvore. Outro exemplo de árvore venerada é a azinheira que era, por excelência, a árvore sagrada dos gregos (na Odisseia encontramos uma passagem interessante sobre o relacionamento do herói Ulisses com esta árvore sagrada), se bem que na actualidade o lugar de Fátima lhe esteja intimamente ligado.
A tradicional árvore de Natal não falta nos nossos lares durante essa quadra festiva, para enfeitar,dar beleza, cor e um pouco de magia ao nosso imaginário e à nossa fé. No entanto, essa árvore provém dos países nórdicos e é, efectivamente, uma réplica da árvore Yggdrasil, a árvore do universo. Esta árvore representa a criação do universo, e as bolas decorativas que nela colocamos representam as esferas celestes. No topo da árvore Yggdrasil havia um galo de ouro. Poderíamos perguntar por que é que em grande parte das nossas igrejas antigas, no campanário, está um galo de bronze. Também poderíamos relacioná-lo com a chamada “missa do galo”, celebrada à meia-noite do dia de Natal. Mas, o que é que faz o galo? Simbolicamente, o galo anuncia o despertar da vida, é aquele que precede e anuncia o Sol. Por analogia, o facto de o galo cantar do alto do campanário da igreja simboliza o apelo para a vida espiritual. A missa do galo anuncia o nascimento da Luz (Jesus Cristo) em pleno solstício de Inverno. É um canto de vitória da luz sobre as trevas e, ao mesmo tempo, recorda-nos que, mesmo nas noites mais escuras e frias das nossas vidas – nos momentos das grandes tormentas psíquicas –, o bem triunfa sempre sobre o mal.
No nosso território ainda perdura o culto às árvores como a oliveira e o carvalho que se crê possuírem virtudes curativas, tal como se atesta em algumas canções do folclore minhoto.” – Eduardo Amarante