TEMPLOS, CATALISADORES DE ENERGIA – DE SANTIAGO DE COMPOSTELA A TOMAR


A propósito deste tema A. P. Sinnett escreveu:
“Existem vastas correntes etéreas a varrerem constantemente a superfície da terra de pólo a pólo, num volume que torna o s
eu poder tão irresistível como a maré a subir, e existem métodos através dos quais esta força assombrosa poderá ser utilizada com segurança, embora tentativas inábeis para a controlar se revistam de perigo assustador.”


Por outro lado, Paul Bouchet, no seu livro 'Os Druidas', declara que a Europa está coberta por um vasto sistema de linhas de energia. Vai mais longe a ponto de afirmar que este sistema de linhas de energia tem a sua origem no monte Pamir (por sinal uma das montanhas sagradas dos arianos), estendendo-se até Teerão, onde se divide. Uma das bifurcações vai para a Rússia ocidental, enquanto que a outra segue em direcção a Jerusalém, onde volta a dividir-se. Uma das novas linhas continua até às Pirâmides, indo depois para África, enquanto a outra penetra na Europa através de Chipre, Rodes e Santorini. Montanhas sagradas europeias e santuários de peregrinação, como Santiago de Compostela, na Galiza, estão todos ligados a este sistema de energia com origem no monte Pamir.

A título de curiosidade, é importante lembrar que Portugal também possui uma linha energética recta, que vai de Santiago de Compostela a Tomar. Daí que as peregrinações ao local de culto de Santiago de Compostela já se fizessem na antiguidade, muito antes de ter surgido o cristianismo. A actual catedral foi erigida por cima de templos druídicos e romanos.

Assim, não constitui surpresa verificarmos que ao longo da história encontramos o fenómeno de apropriação de lugares sagrados ou mágicos e que, quando uma religião nova chega pela primeira vez a um território, tenha a tendência de substituir a fé anterior, tomando para si os antigos locais sagrados, os santuários. Esta tem sido a fórmula encontrada para o sucesso da nova religião que, assim, não rechaça de forma brusca a antiga crença, antes aceitando os antigos locais de culto para uso próprio.

A cristianização é o caso mais concreto da forma como eram transformados os antigos templos de culto, de cariz pagão, em templos de tradição religiosa cristã, bastando para o efeito colocar uma imagem ou uma cruz em cima do monumento, sendo este muitas vezes um megálito, sobretudo em Portugal e na costa atlântica europeia.

In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 1