“A Ordem do Templo, desde a sua fundação, teve como projecto estabelecer-se em Lugares específicos da Península Ibérica. Nas suas intervenções junto dos reis solicitavam e, não raras vezes, o
btinham, possessões territoriais em locais particularmente escolhidos, quando esses mesmos territórios ainda não haviam sido conquistados aos muçulmanos. A escolha desta milícia cristã não se baseava em fins estratégicos nem tão pouco em interesses económicos. Mas se assim é, por que razão é que pediram, em muitos casos, terras que estavam ainda na posse do Islão? Talvez a resposta esteja no facto de eles se terem expandido precisamente por toda a área da cultura megalítica que, na altura, abrangia uma parte significativa das terras sob domínio muçulmano.
A tradição popular atribuiu a construção de muitos destes monumentos megalíticos a anões ou a gigantes, chamando-lhes “Casas de Fadas”, “Covas de Mouros”, etc., e concedendo-lhes, em muitos casos, virtudes curativas. Essas tradições ocasionaram a que muitos desses monumentos fossem no decorrer dos tempos profanados pelo povo.
Esses lugares deveriam conter algo que atraía muito particularmente a atenção dos templários.
Com a gradual decadência da Ordem de Cluny, seguiu-se a reforma de Cister, sendo S. Bernardo o principal promotor dessa reforma. Os cistercienses e os seus filhos espirituais, a Ordem do Templo, procuraram muitos dos seus conhecimentos mais internos e profundos em crenças religiosas e filosóficas bem anteriores ao cristianismo.
A sua discrição deveu-se a que essas mesmas crenças eram consideradas heresias pelo poder eclesiástico. Graças a essa busca, de cariz espiritual, os beneditinos conseguiram reunir e preservar para o futuro em Monte Cassino, Itália, textos de Platão, de Pitágoras, Aristóteles e dos neoplatónicos de Alexandria. Como resultado dessa busca, durante a evangelização das Gálias pelo beneditino celta S. Columbano conservaram-se e reutilizaram-se mesmo os lugares mágicos dos druidas (que também já os tinham reutilizado). Assim, não é de espantar que, de igual modo, na Península Ibérica, quer os templários quer os monges beneditinos se tivessem fixado precisamente naqueles lugares onde ainda se mantinha a vivência de crenças ancestrais e de cultos esquecidos.
Esses lugares não eram comarcas escolhidas ao acaso, mas sim pontos-chave onde se conservava a recordação, quando não mesmo a presença oculta de cultos remotos, sob a forma de indícios ou de símbolos inegavelmente anteriores à entrada na Península dos povos invasores da proto-história.” – Eduardo Amarante
A tradição popular atribuiu a construção de muitos destes monumentos megalíticos a anões ou a gigantes, chamando-lhes “Casas de Fadas”, “Covas de Mouros”, etc., e concedendo-lhes, em muitos casos, virtudes curativas. Essas tradições ocasionaram a que muitos desses monumentos fossem no decorrer dos tempos profanados pelo povo.
Esses lugares deveriam conter algo que atraía muito particularmente a atenção dos templários.
Com a gradual decadência da Ordem de Cluny, seguiu-se a reforma de Cister, sendo S. Bernardo o principal promotor dessa reforma. Os cistercienses e os seus filhos espirituais, a Ordem do Templo, procuraram muitos dos seus conhecimentos mais internos e profundos em crenças religiosas e filosóficas bem anteriores ao cristianismo.
A sua discrição deveu-se a que essas mesmas crenças eram consideradas heresias pelo poder eclesiástico. Graças a essa busca, de cariz espiritual, os beneditinos conseguiram reunir e preservar para o futuro em Monte Cassino, Itália, textos de Platão, de Pitágoras, Aristóteles e dos neoplatónicos de Alexandria. Como resultado dessa busca, durante a evangelização das Gálias pelo beneditino celta S. Columbano conservaram-se e reutilizaram-se mesmo os lugares mágicos dos druidas (que também já os tinham reutilizado). Assim, não é de espantar que, de igual modo, na Península Ibérica, quer os templários quer os monges beneditinos se tivessem fixado precisamente naqueles lugares onde ainda se mantinha a vivência de crenças ancestrais e de cultos esquecidos.
Esses lugares não eram comarcas escolhidas ao acaso, mas sim pontos-chave onde se conservava a recordação, quando não mesmo a presença oculta de cultos remotos, sob a forma de indícios ou de símbolos inegavelmente anteriores à entrada na Península dos povos invasores da proto-história.” – Eduardo Amarante