OS TEMPLÁRIOS, AS ENERGIAS TELÚRICAS E A PEDRA DO GRAAL


“Os templários possuíam o conhecimento de determinados lugares sagrados, como pontos de acesso às energias telúricas, presumivelmente herdados dos chamados mestres secretos ou Homens Sábios do Mundo, que seriam um grupo de discípulos de Cristo, os carpocracianos, a quem Ele ensinara o domínio de um poder misterioso retirado da Terra. O interesse dos templários, por exemplo, por Chartres trouxe à luz do dia os mistérios das correntes telúricas, linhas de força que percorrem a Terra em várias direcções e cujas influências, quando bem canalizadas, são propícias ao desenvolvimento espiritual do homem. Esta força, já conhecida há milénios, recebeu muitas designações ao longo dos séculos: energia vital, para os chineses; prana, para os hindus; e mana para os polinésios que acreditavam ter sido utilizada para erigir as estátuas da Ilha da Páscoa. Mantida secreta na Idade Média por ordens como a dos templários e a dos cavaleiros teutónicos, a força foi, mais tarde, publicamente revelada por alquimistas como Paracelso e Van Helmont, que a designaram por munis e magnale magnum, respectivamente.


Se as linhas são portadoras de energias misteriosas (sobre as quais desconhecemos a sua utilidade, poder e funcionalidade), então o desequilíbrio de tal sistema só poderia ser rectificado através da sua reactivação por meio de uma pedra sagrada, que seria colocada na montanha sagrada do local. Os poderes desta pedra (também chamada Pedra Filosofal ou Pedra do Graal) eram importantes para o controlo das energias da Terra e, se alguma vez se revelasse o segredo a alguém de má fé, este utilizaria incorrectamente e para o mal tal energia. Daí que, ao longo dos séculos, estas ideias tivessem sido guardadas por “iniciados” (os que possuem o verdadeiro conhecimento e agem em conformidade), que as transmitiam, de geração em geração, apenas àqueles que jamais as divulgariam. Sabemos que o uso indevido de correntes de pensamento hostis, através deste sistema de linhas, trazia consigo consequências terríveis.”

In Eduardo Amarante, “Templários”, vol. 1