A LENDA DO REINO DA ATLÂNTIDA E OS AÇORES

Nas grandes civilizações da antiguidade dizia-se que para além das Colunas de Hércules, hoje Estreito de Gibraltar e onde agora se estende o Atlântico, dominava o poderoso império dos Atlantes.Esse 
império era constituído por uma federação de dez reinos, sob a protecção de Poséidon, pelo que os Atlantes eram exemplares no seu comportamento, não se deixando corromper pelo vício e pelo luxo.
Toda a Atlântida era sonho e delícia. A terra produzia madeiras preciosas; havia minas de metais nobres; o clima excepcional favorecia uma agricultura florescente; as casas e palácios evidenciavam conforto e riqueza; havia estradas e pontes óptimas; e o desafogo económico proporcionava o aparecimento de sábios e artistas. Todos se compraziam apenas em gozar e explorar as riquezas do seu reino, mas não deixavam de se ensaiar na arte da guerra.
Assim não foi difícil aos Atlantes defenderem o seu território dos ataques daqueles que, levados pela inveja, ansiavam conquistar a tão prodigiosa Atlântida. De tal modo se portaram na defesa da terra que o orgulho desabrochou e deu-se pela primeira vez a ambição de alargar os domínios do reino. O poderoso exército atlante alastrou por todo o mundo conhecido de então e dominou os povos. Inibriados pelo tempo, deixaram-se dominar pelo orgulho e pela vaidade, caindo no luxo e na corrupção, desrespeitando os deuses.
Zeus convocou um concílio para que se aplicasse um castigo aos Atlantes, agora tão depravados. Em consequência , a terra tremeu violentamente, o céu escureceu como se fosse noite, o fogo lambeu as florestas, o mar galgou a terra e engoliu aldeias e cidades. A Atlântida e toda a sua prosperidade desapareceram para sempre na imensidão do mar, mas nove dos montes mais altos dessa linda terra ficaram a descoberto. Muitos anos mais tarde essas pequenas ilhas, restos do grande continente, foram povoadas e são hoje as 9 ilhas dos Açores que, pelo seu clima bonançoso e bom, pela beleza da sua paisagem, lembram a próspera Atlântida.

"PROFECIAS - Da Interpretação do Fim do Mundo à Vinda do Anticristo", Eduardo Amarante