OS TEMPLÁRIOS E A VIA INICIÁTICA DRUÍDICA



“Os druidas, seguramente anteriores aos celtas[1], formavam um colégio tornado céltico após a invasão, e eram os herdeiros de uma sabedoria muito antiga que lhes fora transmitida[2]. Conhecimento esse que, por sua vez, terá chegado, via beneditina, a S. Bernardo (de Claraval), grande impulsionador da Ordem do Templo, o qual, segundo relatos da época, teria ele próprio integrado a confraria iniciática druídica.” – Eduardo Amarante


[1] Embora os druidas, cujo nome significa “muito sábio”, estejam, usualmente, ligados aos celtas, a tradição não os considera descendentes desta raça.
[2] Lembremos que os druidas não só eram instrutores, mas também magos. A tradição atribuía-lhes enormes poderes mágicos, tais como o domínio dos poderes de ilusão, a capacidade de levantar ventos e tempestades e de cobrir as terras de nevoeiro para confundir os exércitos e os olhares curiosos, mas também possuíam o dom de ver à distância. Eram médicos do corpo e da alma e realizavam profecias.
Segundo Júlio César (111-44 a.C.), “os druidas ensinavam à juventude o movimento dos astros, a grandeza do mundo e da Terra, as ciências da natureza, a força e o poderio dos deuses imortais”. Por outro lado e apesar de todo o seu saber e poder, a sua filosofia proibia-lhes usar armas e matar, o que de resto contraria muitas das acusações feitas pelos seus inimigos de que faziam sacrifícios humanos. Após a revolta gaulesa do ano 21 da nossa era, o imperador romano Tibério decretou a extinção dos druidas por senatus consulte. No entanto, parece que estes ainda perduraram por mais algum tempo, continuando a ensinar em lugares ermos, em cavernas e em florestas.