"Resistir
foi sempre o apanágio de alguns poucos homens que, com visão e voluntariedade,
souberam lutar em momentos cruciais pelos seus ideais e, com esse gesto, viriam
a fundar séculos mais tarde Portugal. Começou com Viriato, chefe lusitano..."
Os lusitanos
eram o povo mais aguerrido e numeroso de todos os que habitavam a zona mais
ocidental da Península antes da chegada dos romanos.
Espírito
belicoso, valentia na guerra, modo de vida simples, costumes frugais, respeito
pela instituição familiar, consideração pelos anciãos e uma forte religiosidade
eram características sempre presentes entre o povo lusitano que,
inclusivamente, chamava a atenção dos escritores gregos Políbio[1]
e Possidónio[2]
que serviram de fontes para Estrabão.
Foi a partir
deste novo momento histórico que se veio a travar a mais cruel das batalhas da
sobrevivência do povo lusitano que, com sacrifício, sofrimento, mas também com
muita vontade de vencer, iria aprender a mais dura das lições: o preço da sua
vida em prol de uma causa, a saber, a defesa da sua identidade própria ameaçada
por um novo agressor bem mais poderoso e a quem não desejaria ficar subjugado –
Roma.
In Eduardo Amarante, "Templários", Vol. 2