“Para os povos da antiguidade, a serpente era um
transmissor de conhecimento. Nos textos bíblicos encontramo-la, inclusive,
relacionada com a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Mais tarde, Moisés
construiria uma serpente de bronze que sanava os feridos que a olhavam.
Nos povos orientais, a serpente estava associada à
transmissão de energia. Esta relacionava-se com uma outra simbologia, a da
serpente Kundalini ou energia adormecida no homem.
Um outro aspecto a ela ligado é o mito da imortalidade
e a doutrina da reencarnação (as várias encarnações da alma num corpo), já que
periodicamente substitui a sua pele velha por outra nova, num perpétuo rejuvenescimento,
à semelhança do que acontece no homem quando muda de corpo (a pele), mas mantém
a individualidade que é a sua consciência.
Um outro símbolo a ela associado é o Ouroboros.
Trata-se de um símbolo cósmico em que a serpente aparece enroscada, mordendo a
sua própria cauda. Também a vemos enrolada em espiral à volta da árvore (mito
de Adão e Eva no Éden), que significa a representação dos ciclos do Tempo.”
In Eduardo Amarante,
“Templários”, Vol. 1