Observa-se por todo o globo sinais de uma grande mudança. Toda a humanidade se encontra num estado de “tensão” e expectativa. Os mais cépticos afirmam que se deve ao estado de crise que se vive a nível global. Já os esoteristas afirmam que estes sintomas estão relacionados com o “inconsciente colectivo” que pressente uma terrível selecção ou separação do trigo do joio, exemplificada da seguinte forma por um ocultista:
“Quatro círculos concêntricos apresentam-se actualmente para definirem a evolução espiritual da humanidade: o primeiro, ou externo, é formado pelos irremediavelmente perdidos, ou seja, por aqueles que se irão defrontar com o dantesco portal onde se lêem as palavras Lasciate ogni speranza, o voi ch’entrate. Sim, para estes, foram perdidas todas as esperanças; o segundo é constituído por aqueles que lutam como raros náufragos que nadam num vasto abismo, Rarinantes in gurgite vasto; o terceiro círculo é formado pelos já redimidos ou salvos, isto é, por todos aqueles que passaram pelas dolorosas provas da vida e delas saíram vitoriosos; finalmente, o quarto círculo é formado pelos instrutores e guias da humanidade, que se acham ocultos no interior do templo dedicado ao culto de Melquisedec e ao serviço da Grande Fraternidade Branca.
“Para os cegos de espírito que obstinadamente negam este futuro óbvio, eis os conselhos do sábio sacerdote atlante RA-UM:
‘Quando a estrela Baal caiu no lugar onde hoje só existe mar e céu, os dez países (*), com as suas Portas de Ouro e templos transparentes, tremeram e estremeceram como se fossem folhas de uma árvore sacudida pela tormenta.
Eis que uma nuvem de fogo e fumo se elevou dos palácios. Os gritos de horror lançados pela multidão enchiam o ar. Todos procuravam refúgio nos templos até que o sábio MU, apresentando-se-lhes, disse:
– Não vos predisse eu todas estas coisas?
Os homens e mulheres cobertos de ricas vestes e pedras preciosas clamavam:
– MU, salva-nos’
Ao que MU respondeu:
– Morrereis com os vossos escravos, as vossas riquezas, e das vossas cinzas surgirão outros povos. Se eles, porém, vos imitarem, esquecendo-se de que devem ser superiores, não pelo que adquirirem, mas pelo que oferecerem, terão destino idêntico ao vosso. O mais que posso fazer é morrer convosco. Já que não tivestes dignidade para viver, tende ao menos dignidade para morrer’.
As chamas e o fumo tragaram as últimas palavras de MU que, de braços abertos para o Ocidente, desapareceu nas profundezas do oceano juntamente com 64 milhões de habitantes do imenso continente.”
(*) Referência às dez ilhas da Atlântida. Conta a lenda que Poseidon ter-se-ia apaixonado por uma jovem órfã chamada Clito e, de maneira a poder coabitar com o objecto da sua paixão, teria erguido uma barreira constituída por uma série de muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada. Viveram assim por muitos anos e desta relação nasceram cinco pares de gémeos. Ao mais velho o deus dos mares deu o nome de Atlas. Após dividir a ilha em dez áreas circulares, Poseidon concedeu-lhe a supremacia, dedicando-lhe a montanha de onde Atlas espalhava o seu poder sobre o resto da ilha (In Wikipédia).
In "PROFECIAS - Da Interpretação do Fim do Mundo à Vinda do Anticristo", Eduardo Amarante